´´A NOSSA MISSÃO É FAZER MISSÕES``

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DESTRUINDO OS MITOS DA OBRA MISSIONÁRIA NA IGREJA LOCAL

Falar em mitos da obra missionária soa um pouco estanho porque este assunto é tratado, quase sempre, sob a ótica do emocionalismo, sem que haja uma análise mais crítica de todo os pontos que o envolvem. Mas quais seriam esses mitos no âmbito da igreja local? Vejamos a seguir os principais.

• Só igrejas grandes ou ricas podem fazer Missões

Esta é uma falsa idéia que circula em muitas igrejas de porte médio ou pequeno, como justificativa para o seu não envolvimento. Segundo este conceito, igrejas que disponham de poucos recursos jamais poderão comprometer-se com o trabalho missionário e nem de fazer Missões já está consolidada, revela que os maiores recursos saem exatamente de igrejas pequenas, que, somadas, conseguem superar muitas vezes os alvos de igrejas grandes ou ricas.

A igreja de Antioquia não esperou enriquecer-se para enviar os seus primeiros missionários. (Leia At 13.2)

Como podem, então, as igrejas de porte médio ou pequeno envolverem-se com Missões? Conscientizando cada membro sobre sua responsabilidade na obra missionária; Promovendo reuniões, conferências e seminários regulares e específicos sobre o tema;Criando uma secretaria local para cuidar exclusivamente desta tarefa; Mantendo contato permanente com agências missionárias para informarem-se sobre estratégias e prioridades; Procurando descobrir vocações no âmbito local para a obra missionária; Estabelecendo alvos financeiros anuais para serem aplicados exclusivamente na evangelização mundial; Associando-se a uma ou mais igrejas, caso não possa faze-lo sozinha.

• Só pessoas de bastante recursos financeiros tem condições de contribuir para a obra missionária

A visão bíblica sobre contribuição é clara: deve ser proporcional à renda de cada um, seja pobre ou rico. Este princípio transparece em diversos, textos bíblicos (1 Co 16.2).

No texto citado acima, Paulo está tratando de contribuições destinadas aos irmãos de Jerusalém, que enfrentavam circunstancialmente uma crise econômica. Na recomendação do apóstolo está implícita a idéia de proporcionalidade, quando ele afirma: “... ponha de parte o que puder ajuntar, segundo a sua prosperidade”. As contribuições missionárias se regem pelo mesmo princípio. Cada um poderá estabelecer o valor da contribuição proporcionalmente ao seu salário. Muitos missionários foram e tem sido sustentado pela oferta da viúva pobre, da lavadeira, do pedreiro e de outros irmãos de menor poder aquisitivo.

• A igreja local deve primeiro evangelizar sua cidade para depois voltar-se para a obra missionária transcultural

Este assunto já foi estudado no Módulo Bases Bíblicas de Missões, em At. (1.8). em alguns casos é somente uma justificativa pouco convincente para a diferença. A idéia deste versículo, é de simultaneidade: “Tanto em... como em...” é a expressão que aclara o sentido do texto. Não aqui um progresso gradativo, ou seja, a idéia de se evangelizar a área local para depois pensar-se em terras de além-mar. A evangelização tem que ser vista sob enfoque mundial, incluindo-se o trabalho local da igreja. É ação simultânea. Quando a igreja de Jerusalém demonstrou não perceber a abrangência da ordem imperativa, circunscrevendo-se apenas entre às fronteiras da cidade, Deus permitiu intença perseguição sobre os crentes, dispersando-os pelas terras da Judéia e Samaria, a fim de que o propósito global da evangelização tivesse prosseguimento (At 1.8).

• É preciso antes levantar recursos suficientes para então pensar em investir em Missões

A igreja que espera ter recursos suficientes nunca vai investir em Missões. É uma questão de lógica. Os recursos são rotativos, isto é, entram e saem. Sempre há despesas “prioridades” para serem cobertas pelo caixa.

Entende-se que numa economia instável, ou mesmo estável, a igreja tenha que, eventualmente, aplicar os seus recursos para que não sejam desvalorizados por uma possível inflação. Isto não pode, todavia, transformar-se em regra, pois o dinheiro da igreja é para ser reinvestido nela própria e na evangelização que ocupa lugar de número um na lista de prioridades. A idéia de “sobra de caixa”, não soa bem para um povo que prega a volta de Cristo a qualquer momento e vê urgência na pregação do Evangelho.

• A obra missionária é um meio de a igreja descartar-se do crente problemático

Não se deve encarar Missões como escape para ver-se livre de alguém que possa estar trazendo problemas locais é sentenciar à morte todo o esforço da igreja em favor da evangelização mundial. Há vários casos, de pessoas problemáticas enviadas ao campo com conseqüências desastrosas para os que ficaram na retaguarda. O princípio básico que deve nortear a igreja na escolha dos candidatos à obra missionária, além da chamada, é que estes devem ser considerados a “nata”, os que apresentem as melhores qualidades e façam falta à igreja quando se ausentarem dela.

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